Theodore Robert Bundy, nascido em 24 de novembro de 1946, em Burlington, Vermont nos Estados Unidos. Filho de Eleanor Louise Cowell e pai desconhecido. Descrito por muitas pessoas como um jovem educado, inteligente, charmoso, comunicativo e sedutor, aquele tipo de cara que toda mãe gostaria de ter como genro, e estando a cima de toda e qualquer suspeita.
Sua vida foi conturbada desde seu nascimento, filho ilegítimo como ele mesmo descrevia, pois era filho de mãe solteira, que inicialmente iria o deixar para adoção em uma das casas de mães solteiras que existiam naquela época nos EUA, porque mulheres solteiras ou que tivessem algum filho fora do casamento eram muito mal vistas pela sociedade, mas seus avós a convenceram de o levar para a casa, que os mesmos iriam o criar como filho adotivo, sendo assim viveu parte de sua vida acreditando que era irmão mais novo da sua mãe.
Tinha amigos imaginários como qualquer criança, mas fazia coisas estranhas como mal tratar animais, ou um episódio de quando ele tinha apenas 03 anos e colocou ao redor de sua tia, Julia, todas as facas da casa, e a ficou observando com um sorriso perturbador, enquanto a mesma acordou assustada com a cena.
Criado pelos avós que eram extremamente religiosos, e que haviam proibido Louise de contar a Ted sobre sua real maternidade, o que não durou, pois o garoto em sua adolescência acabou descobrindo por si só, que sua vida até aquele momento havia sido uma tremenda mentira e nunca perdoou Louise por isso.
Seu avô, Samuel Cowell, descrito como um homem extremamente violento, rigoroso e intolerante, que muitas vezes espancava sua esposa, entre outros relatos de familiares que o consideravam como um valentão tirano. Houve inclusive especulações de que Ted poderia ser fruto de um abuso cometido por Cowell contra sua própria filha, mas isso jamais foi confirmado, Louise mesmo admitindo que o pai era muito agressivo, diz nunca ter sido agredida sexualmente.
Bundy vivia em um estado de negação sobre a vida que levava, ignorou toda a sua história de vida, mantendo apenas as lembranças boas de seu avô e de todos os membros de sua família, dizendo até que não se importava por ser filho ilegítimo, afinal muitas pessoas passam por coisas parecidas, como descobrir que é adotado ou coisas do tipo e estava tudo bem.
Sua irmã, que na verdade era sua mãe, levou Ted, ainda criança, para viver com ela logo após casar com Johnny Bundy, o qual deu o sobrenome que Ted iria carregar até o final de sua vida. Johnny tentou fazer com que Ted se sentisse acolhido na família, tratando-o como se fosse seu filho, porém ele jamais teve êxito em suas tentativas, Ted sempre manteve-se distante e ignorando qualquer tentativa de aproximação de seu padrasto, que ele, até então, não compreendia o porquê de o terem tirado do convívio de seus "pais".
Pessoas que eram próximas a Ted, como vizinhos e colegas, relatavam que ele era um garoto muito bonito, principalmente por causa dos seus grandes e hipnotizantes olhos azuis, mas era muito sozinho, ele dizia ser popular, jogador e diversas outras coisas, porém todos diziam que era mentira, até achavam estranho considerando que nem uma namorada ele teve na época do colegial, mesmo sendo um dos rapazes mais bonitos da classe.
Foi nessa época também que Bundy diz ter tido acesso a revistas pornográficas, e começou a desenvolver seu interesse pelo assunto, evoluindo após para pesquisas de pornografia violenta, o que ele alegava ser um dos motivos que o fizeram desenvolver essa personalidade doentia por sequestro, estupro e morte violenta das vítimas.
Logo após entrar na faculdade de psicologia, Ted Bundy iniciou um romance com a sua primeira namorada, Diane Marjorie Jean Edwards, a qual ele definiu como uma garota bonita, bem vestida, gentil, com um bom carro e ótimos pais, aparentemente os dois se davam muito bem, porém as classes sociais diferentes o deixava extremamente incomodado.
Ted sempre quis ser rico, não aceitava ter nascido em uma classe social baixa, por isso cometia pequenos furtos, e o relacionamento com a jovem Edwards fez florescer ainda mais o lado ambicioso dele, dizendo que ela o inspirou a tornar-se algo mais, por isso procurou entrar na faculdade de Direito e trabalhar em campanhas políticas, ele queria ser da alta sociedade.
Mas esse relacionamento dos sonhos existia apenas na cabeça de Ted, Diane dizia que ele era fraco, que não se sustentaria, até o momento que ela decidiu terminar com ele, e esse relacionamento teve um impacto estrondoso na vida de Ted, a rejeição dela fez com que ele criasse um enorme desejo de vingança contra ela.
Anos depois tentou uma reconciliação somente para que ele pudesse terminar com ela, provando para si mesmo que ele poderia casar com ela ou a desprezar da mesma forma que ela fez com ele.
Entre o término com Diane, e as tentativas de voltar com a mesma, Ted conheceu quem seria o seu grande amor Liz, Elizabeth Kloepfer.
Liz, uma jovem mãe solteira, que caiu nos encantos de Ted, mãe da pequena Molly, viveram durante muitos anos juntos, e foi enquanto estava com ela que ele iniciou seus crimes. Muitos acreditam que Liz poderia ter sido uma de suas vítimas, ao considerar que as semelhanças físicas com Diane, como o cabelo longo, castanho, dividido ao meio, inclusive ela mesma relata uma noite fria em que ele acendeu a lareira, a deixou dormindo, tapou todas as possíveis saídas de fumaça, a deixando para morrer asfixiada, mas a mesma acordou antes de acontecer algo.
Em outro episódio a mesma o visitou e sentiu um cheiro de algo decomposto, ele mencionou que era algo sujo de sangue que ele esqueceu de jogar fora, mas na real era a cabeça de uma das vítimas que havia guardado na geladeira de sua casa.
Mesmo com isso ela jamais o considerou como um cara ruim, ele a ajudava, cuidava dela e da filha, as tratavam muito bem, nunca foi agressivo, nunca levantou a voz para ela, ele era um ótimo namorado, ela o amava e tinha absoluta certeza que ele também a amava, não tinha do que reclamar e jamais o consideraria um possível serial killer.
Até então Ted Bundy, era um jovem, muito inteligente, trabalhou em prevenção ao suicídio, comitê anticrime, trabalhou em eleições, estudava Direito após ter se formado em psicologia, tinha família construída com sua namorada e enteada, vivia em uma cidade pacata, fazia trabalhos de meio turno, não havia nada fora do comum.
Sua vida de roubo, furtos e outros pequenos crimes, haviam ficado relativamente no passado.
Inclusive há um fato de sua juventude que pode ser ligado aos crimes do futuro, quando Ted tinha mais ou menos 14 anos, e trabalhava como entregador de jornal no bairro, uma garotinha chamada Ann Marie Burr, de 08 anos, desapareceu, seu corpo nunca foi encontrado, Ted era vizinho da família Burr, e muitos relataram na época, que viram alguém observando a casa pelos arbustos, dias antes do desaparecimento, esse fato apesar de ter sido muito investigado, as autoridades nunca conseguiram provar o envolvimento de Bundy no caso, ele sempre negou ter culpa, porém para um entrevistador na prisão, ele teria confirmado a autoria do crime, mas isso jamais foi confirmado oficialmente.
Pode ser que esse possível primeiro crime tenha definido sua forma de agir, observar, raptar, matar e descartar o corpo em algum local o qual não pudesse ser encontrado, pessoas relataram também ter visto muitas vezes Ted cometendo voyeurismo, observando por frestas de portas, janelas, mulheres despindo-se, e masturbava-se com a cena, mas até então não havia atacado ninguém realmente.
Não se sabe exatamente o que foi o gatilho para o início dos crimes, nem exatamente quando iniciou, Bundy sempre foi uma incógnita para investigadores, detetives, policiais, psiquiatras, psicólogos, ninguém entendia realmente a mente de Ted Bundy.
Possivelmente seus crimes começaram na noite de 23/24 de junho de 1966 em Seattle, onde duas colegas de quarto chamadas Lisa E. Wick e Lonnie Trumbull, ambas aeromoças, estavam voltando para casa após seu trabalho, no caminho cumprimentaram um homem, chegaram no porão em que moravam, um local o qual estavam temporariamente, pois planejavam ser transferidas para outra unidade, assim mudariam seu endereço, Lonnie ainda ligou para seu namorado em torno das 22h, após isso foram dormir.
Joyce Bowe, uma terceira aeromoça, que compartilhava a casa com as amigas, ao chegar pela manhã encontrou a porta destrancada, o que estranhou, pois isso nunca havia acontecido, ao entrar e verificar as demais moradoras, deparou-se com imagens terríveis, Lonnie e Lisa haviam sido selvagemente espancadas, principalmente na região de suas cabeças, mas não houve violência sexual, ao deparar-se com isso correu buscando ajuda e ligando para a polícia.
Lonnie não sobreviveu, Lisa teve mais sorte, acredita-se que foi por conta de rolos macios que utilizava nos cabelos para dormir, apesar de ficar alguns dias em coma conseguiu recuperar-se, porém não conseguia recordar o que aconteceu naquela noite, perto do local encontraram um pedaço de madeira ensanguentado, que acredita ter sido utilizado para cometer o crime, anos mais tarde ao ver o livro de Ted Bundy, Lisa confirma veemente que foi ele quem havia as atacado anos antes, mas esses crimes nunca foram realmente imputados a ele, e ele jamais admitiu que tenha feito aquele ataque, por mais que o modus operandi tenha sido exatamente o mesmo.
Em um espaço de tempo nada mais havia acontecido, até chegar a data de 4 de fevereiro de 1974, em Seattle, Karen Sparks ou também conhecida com o Joni Lenz, de 18 anos foi atacada enquanto dormia, quem a atacou entrou pelo porão da casa, foi até o quarto da jovem, arrancou uma das partes de ferro da cama e a golpeou inúmeras vezes na cabeça, após inseriu o mesmo ferro na vagina da vítima.
Colegas que dividiam o apartamento com a jovem, após ela não aparecer pela manhã para o café, e passado a manhã toda sem dar nenhum sinal de vida, foram até seu quarto e encontraram a cena perturbadora, por sorte Karen/Joni conseguiu sobreviver, porém devido aos golpes sofridos em sua cabeça ficou com graves sequelas em seu cérebro, órgãos internos e também nunca conseguiu recuperar a memória do ataque, as únicas lembranças que tem daquela noite, foi de ter ficado até tarde lendo, e que teve a impressão de ter visto alguém a observando quando olhou pela janela, após isso apenas lembra de acordar em um hospital.
Foram mais de trinta vítimas, conforme sua confissão para um jovem jornalista em uma pequena sala no corredor da morte, mas acredita-se que foi muito maior esse número, chegando possivelmente a três dígitos.
ASSASSINATOS NO ESTADO DE WASHINGTON
Tudo começou confirmadamente segundo os registros policiais, no ano de 1974, mais exatamente em 1º de fevereiro daquele ano.
Lynda Ann Healy, 21 anos, universitária da UW (Universidade de Washington) e trabalhava como a garota do tempo na radio local.
Lynda havia ido com amigos para um bar chamado Bar Dante's, que era um ponto de encontro dos universitários de Seattle, porém ela fora para casa antes de todos, pois estava cansada e na manhã seguinte, que seria sábado, a mesma iria trabalhar na rádio como de costume, no horário que todos esperavam para saber como ficaria o tempo para esquiar ou demais atividades ao ar livre.
Porém Lynda nunca mais anunciou o tempo na rádio, nem sequer fora vista novamente, na manhã seguinte as colegas de apartamento perceberam que o despertador dela continuava a tocar insistentemente sem ninguém o desligar, foram ao quarto e observaram que ela não estava lá, sua bicicleta estava no mesmo lugar, sua moto estava no porão, e a porta lateral estava destrancada, considerando que ela era uma pessoa muito responsável jamais deixaria portas destrancadas.
O chefe da moça ligou perguntando por ela, preocupado que a mesma pudesse estar doente, confirmando que ela não havia ido trabalhar, assim entraram em contato com a polícia, porém nada foi encontrado, havia apenas manchas de sangue pela cama, principalmente grande mancha de sangue onde seria a altura do pescoço da jovem, as roupas que ela havia usado no dia anterior sumiram com ela, sua camisola, com muito sangue, estava embolada dentro de seu guarda-roupa, e mais nada.
Apenas no ano seguinte, em 03 de março de 1975, o crânio da jovem foi encontrado no que ficou conhecido como cemitério de cabeças de Bundy, que ficava em Taylor Mountain, estado de Washington, Estados Unidos, com as marcas inconfundíveis de seus ataques brutais de espancamento, o qual levava a vítima a óbito, seu assassinato foi confessado por Ted antes de sua execução no corredor da morte.
Donna Gail Manson, 19 anos, universitária, flautista, de alto QI, dependente de cannabis, aventureira, não era raro ela contar a seus amigos viagens que fazia, pegando carona com pessoas aleatórias e ficando dias desaparecida.
Em 12 de março de 1974, em Evergreen State College, próximo a Olímpia, Washington, EUA, Donna saiu de seu quarto por volta das 19 horas, para ir em um conserto de jazz no campus da universidade, ela estava deprimida na época, não foi dada como desaparecida por mais ou menos seis dias, por causa do costume dela desaparecer em viagens, mas ela não havia dado nenhuma notícia, e nunca mais iria dar alguma notícia.
Seu corpo nunca foi encontrado, apenas após a confissão de Ted, foram feitos testes e descobriram que alguns dos ossos que estavam no cemitério de Bundy pertenciam a ela.
Susan Elaine Rancourt, 19 anos, ela diferenciava-se das demais, pois ela ao contrário de todas que eram morenas, ela era loira, de belos olhos azuis, universitária da CWSA (Central Washington State College), trabalhava integralmente para pagar as mensalidades e se sustentar, pois a mesma estava morando sozinha em Ellensburg, Washington, EUA, desde que escolheu ficar ali enquanto sua família mudou-se para o Alasca.
Tinha namorado, praticava atividades físicas, como corrida e aulas de karatê, não saa sozinha e tinha muito medo de escuro.
No dia 17 de abril de 1974, ficou sabendo de uma vaga de conselheiro de dormitório, como as finanças sempre eram apertadas, qualquer dinheiro a mais que pudesse ganhar era bem-vindo, assim naquela noite, as 20 horas, levou roupas para a lavanderia do campus, após isso iria para a reunião para conversar sobre a vaga, o campus estava cheio de alunos, estava escuro, mesmo assim ela foi sozinha até o local da reunião, pois estava se sentindo segura por ter grande movimentação de alunos, a reunião durou até por volta das 21 horas, a última vez que ela foi vista foi saindo do local da reunião.
Ela havia marcado de assistir um filme com uma amiga, porém ela nunca chegou, apenas seu crânio foi encontrado no ano seguinte no cemitério de Bundy, Ted confessou seu assassinato.
Brenda Joy Baker, 14/15 anos, morava em Seattle, em 25 de maio de 1974, ela fugiu de casa, pegou carona com alguém na estrada e nunca mais foi vista com vida.
Em 17 de junho de 1974 seu corpo foi encontrado, em estado de decomposição avançada, em Millersylvania Park.
Sua morte foi imputada a Ted, pois a possibilidade dele ter dado carona a garota, interagido com a caroneira, a seduzido, considerando a pouca idade e pouca experiencia, a tornava uma vítima fácil para ele, mas não foi confirmado publicamente, e quase não há notícias sobre esse caso, assim tornando Ted Bundy o principal e único suspeito, mas continua sendo um caso não solucionado.
Brenda Carol Ball, 20 anos, moradora de Burien, Washington, EUA, uma jovem de espírito livre, no dia 31 de maio de 1974, Brenda decide ir sozinha a um local chamado Flame Tavern, para pegar uma carona até Sun Lakes, disse a seus amigos que os encontraria lá mais tarde, ficou neste local até as 02 horas, tentando pegar uma carona com um músico, porém o mesmo iria para direção contrária.
Seu último avistamento foi no estacionamento do local, falando com um homem que estava usando uma sling no braço, seu desaparecimento só tornou-se suspeito para os amigos, apenas depois de passados 19 dias da última vez que foi vista, justamente por causa de sua forma de vida.
Em 1º de abril de 1975, estudantes universitários que trabalhavam na Taylor Mt. encontraram seu crânio, sendo que foi o primeiro a ser encontrado na montanha conhecida por cemitério de crânios de Bundy, Ted admitiu seu assassinato.
Georgeann Hawkins, 18 anos, estudante da UW, morava na irmandade. Kappa Alpha Theta Sorority, em Seattle, Washington, EUA, extremamente inteligente e estudiosa, estava encontrando problemas com sua cadeira de espanhol, assim ela foi para um festa em uma fraternidade próxima com uma amiga, porém saiu mais cedo da festa, para ver o namorado e pegar material para estudar para as provas finais de espanhol.
Mesmo sendo passado da meia noite, havia muitas pessoas acordadas estudando, por ser época de exames finais, sendo um lugar calmo e bem iluminado, ela sentiu-se segura ir para casa sozinha, ela saiu do dormitório de seu namorado por volta de 00:30 horas, amigos ficaram observando ela andar até o final da rua e desaparecer na esquina, essa foi a última vez que ela foi vista com vida.
Sua colega de quarto sabia dos planos dela, e ao perceber que as 02 horas ela não havia voltado para casa, ligou para o namorado da amiga, e ele informou que ela havia saído já fazia um tempo do dormitório dele, procuraram por ela até o amanhecer, não achando nada, entraram em contato com a polícia, e por já terem outros casos de desaparecimentos na região, começaram a agir rapidamente.
Bundy pediu ajuda para ela, levar pastas que ele carregava desastrosamente para o carro, por causa do gesso falso que usava com se estivesse com o braço quebrado. Ele a nocauteou, enfiou-a no carro e fugiu.
Ele mencionou que antes que a matasse, e em sua divagação confusa, disse que ela pensou que ele tinha sido enviado para ajudá-la com seu exame de espanhol. Ele a nocauteou de novo, então parou e a estrangulou. Antes de sua execução, ele admitiu tudo e ainda informou que parte de seus restos mortais foram encontrados em 06 de setembro de 1974, a quase 3 km do Lake Sammamish State Park.
Janice Ott, 23 anos, trabalhava como assistente de condicional na King County Youth Service em Seattle, Washington, EUA, estudou psicologia e personalidade anti-social, com sua experiência e forma gentil de tratar as pessoas, acreditava que conseguiria ajudar quem precisava, ressocializando quem buscava orientação para ter uma vida melhor.
Uma jovem recém-casada que sentia falta de seu marido, pois ela havia se mudado por causa da vaga de emprego, e ele tinha ficado em Riverside, Califórnia, onde tinha seu consultório.
No dia 14 de julho de 1974, deixou um bilhete a sua colega de quarto, onde informava que iria dar uma volta de bicicleta pelo parque, mas voltaria por volta das 16 horas, testemunhas informaram que ela havia ajudado um homem no Parque Estadual do Lago Sammamish, e essa foi a última vez que Janice foi vista com vida. Na data de 06 de setembro de 1974 seus restos mortais foram encontrados em local arborizado, onde outras vítimas também foram "despejadas" a cerca de 03 km do parque, Bundy confirmou seu assassinato.
Denise Marie Naslund, 18 anos, estudava para ser programadora de computadores, trabalhava em um emprego de meio período em um escritório para pagar seu curso noturno, considerada uma menina extremamente bonita, prestativa e amorosa.
No dia 14 de julho de 1974, no Parque Estadual do Lago Sammamish, Washington, EUA, ela, seu namorado e um casal de amigos, combinaram de fazer um piquenique durante o dia. Por volta das 16:30h Denise foi ao banheiro do parque e nunca mais voltou, inicialmente seus amigos e namorado não ligaram para sua demora, afinal a mesma havia trazido seu cachorro, poderia estar dando uma volta, porém o mesmo voltou sozinho até eles, foi então que todos se preocuparam e iniciaram as buscas por ela.
Da mesma forma que ocorreu com Janice, Denise foi vista pela última vez próxima a entrada do banheiro auxiliando um homem com um braço engessado. Na data de 06 de setembro de 1974, alguns de seus restos mortais foram encontrados em local arborizado, onde outras vítimas também foram "despejadas" a cerca de 03 km do parque, Bundy confirmou seu assassinato.
Carol Louise Platt Valenzuela, estava com idade entre 18 e 20 anos, desapareceu em 02 de agosto de 1974, em Vancouver, Washington, seu corpo foi encontrado em 12 de outubro de 1974, porém ela nunca foi confirmada como vítima de Ted Bundy, ele é o principal suspeito, pela forma que ela foi morta, mas ele nunca admitiu e nunca foram encontradas provas que ligue ele diretamente ao caso.
Existe outra vítima encontrada que não foi identificada, ela teria entre 17 e 23 anos, não existem maiores informações sobre esta vítima, apenas se sabe que a mesma desapareceu em 02 de agosto de 1974, em Washington.
ASSASSINATOS NO ESTADO DO COLORADO
Caryn Campbell, uma jovem de 23 anos, era enfermeira em Farmington, Michigan, noiva de um cardiologista, estavam de férias em Aspen, aproveitando que no mesmo local iria estar acontecendo um seminário médico.
Em 12 de janeiro de 1976, ela não estava se sentindo muito bem, e também acabou discuticom seu noivo sobre a data de seu casamento. Pois ela queria que o casamento acontecesse logo, porém ele não tinha pressa para um segundo casamento.
Assim mesmo tendo uma leve gripe, Caryn levou as crianças para esquiar e passear enquanto o pai participava do seminário, e também para se acalmar. A noite, jantaram com amigos, voltaram para a pousada onde estavam hospedados, estavam em uma sala confraternizando e ela lembrou de uma revista que ela havia deixado em seu quarto, saiu para buscá-la.
Depois de ela ter partido por um tempo, seu noivo foi procurá-la, pois ela já havia se distanciado por um tempo largo demais, procuraram freneticamente por ela e logo chamaram a polícia.
Tempos mais tarde, sem mesmo ter encontrado a noiva ele teve de fazer as malas e voltar para casa com os filhos, mas as investigações continuaram no local, então no dia 18 de fevereiro de 1976, ela foi encontrada em um banco de neve na Owl Creek Road, não muito longe da pousada onde ela estava de férias. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
Julie Cunningham, uma jovem de 26 ano, uma mulher muito linda e simpática, trabalhava em uma loja de artigos esportivos e também como instrutora de esqui. Na semana em que ela desapareceu, ela teve o último desgosto de sua vida. Ela teve vários relacionamentos os quais sempre terminaram fracassados com o mesmo discurso de não quererem algo sério, e foi exatamente o que ocorreu naquele dia, foi para Sun Valley apenas para descobrir que ele não tinha interesse em um relacionamento de longo prazo.
Ela sonhava com casamento e filhos, assim que voltou para Vail, em 15 de março de 1975, ela falou com a mãe pela última vez ao telefone, após isso foi para a taberna local, para se encontrar com sua colega de quarto lá, mas Julie nunca chegou. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução e seu corpo jamais foi encontrado.
Denise Lynn Oliverson, estava com 25 anos na data do ocorrido, casada, no dia 06 de abril de 1975, acabou tendo uma discussão com o marido, e saiu para ir até a casa dos pais de bicicleta, porém seus pais não estavam esperando por ela, como a mesma não voltou para casa naquele dia, o marido entendeu que ela havia passado a noite na casa dos pais. No dia seguinte o marido acreditando que já havia dado o tempo para ela se acalmar, decidiu ligar para a casa dos pais dela, assim todos entraram em desespero, pois ela não estava na casa deles e muito menos voltou para casa. A polícia vasculhou a rota que ela provavelmente havia feito e encontrou sua bicicleta e sandálias sob um viaduto perto de uma ponte ferroviária. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
Melaine Suzanne Cooley, uma garota de 18 anos, estudava em uma escola secundária em Nederland, Colorado, no dia 15 de abril de 1975 saiu da escola e nunca mais foi vista com vida.
Seu corpo foi encontrado no dia 23 de abril de 1975 em Coal Creek Rd, Nederland, Colorado, cerca de 20 milhas de distância do local o qual desapareceu, foi espancada na nuca, encontrada com as mãos amarradas e uma fronha enrolada em seu pescoço. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
Shelly K. Robertson, 24 anos na data do ocorrido, de espírito livre, sempre pegava caronas para ir a outros estados se divertir, dessa forma quando a mesma não apareceu para trabalhar no dia 1º de julho de 1975, seus amigos, familiares e pessoas do seu trabalho, não ficaram espantados, apenas acharam que ela havia saído como já havia feito anteriormente, até mesmo porque ela havia brigado com o namorado e não sabiam como ela estava se sentindo antes de seu desaparecimento. Apenas começaram a ficar preocupados quando tiveram certeza que ela não havia partido sozinha e em circunstâncias estranhas. Souberam que ela havia sido vista pela última vez por amigos em 30 de junho e, em 1 de julho, um policial a notou em um posto de gasolina com um homem que a princípio era totalmente desconhecido. Em 21 de agosto de 1975, seu corpo nu foi encontrado dentro de uma mina por 2 estudantes de mineração. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
ASSASSINATOS NO ESTADO DE UTAH
Nancy Wilcox, tinha apenas 16 anos, quando desapareceu de Holladay, próximo a Salt Lake City, Utah, a garota foi vista pela última vez no dia 02 de outubro de 1974, acompanhada de uma pessoa muito semelhante a Ted. Acredita-se que ela foi a primeira vítima de Bundy em Utah. O mesmo admitiu aos detetives que havia deixado o corpo dela, junto com o de Debi Kent, em uma área isolada ao sul de Salt Lake City. Seu corpo nunca foi recuperado.
Melissa Smith, a mesma tinha apenas 17 anos, filha do chefe de polícia de Midvale, Utah, dessa forma sempre foi educada para ser cautelosa e a se preocupar com sua segurança.
No dia 18 de outubro de 1974, Melissa iria a uma festa de pijama com suas amigas, antes de ir para a festa a mesma foi ao encontro de uma amiga que havia tido uma briga com o namorado, no caminho entre o local que encontrou a amiga e a sua casa para que pudesse pegar suas coisas para a festa do pijama, ela desapareceu, nunca chegou nem em sua casa, nem na casa de suas amigas. Seu corpo foi encontrado dia 27 de outubro de 1974 perto do parque Summit, nas montanhas Wasatch, longe da cidade em que cresceu, seu corpo estava nu, sua cabeça havia sido severamente espancada, seu corpo foi espancado antes da morte, estrangulada, estuprada e sodomizada. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
Laura Ann Aime, também tinha apenas 17 anos, uma garota que se sentia desconfortável por ser muito alta e magra, largou a escola e foi morar com amigos e trabalhava em pequenos empregos, caracterizada por buscar algo que pudesse dar sentido a sua vida, sempre manteve contato com seus pais.
Na noite de Halloween, 31 de outubro de 1974, estava em um café comemorando com os amigos, por volta da meia-noite, sentindo-se entediada optou por dar uma volta no parque da cidade de Lehi, Utah, nunca mais foi vista com vida. No dia 27 de novembro de 1974, seu corpo foi encontrado nu nas montanhas Wasatch, ela havia sido abusada sexualmente e espancada até a morte. Bundy confessou seu assassinato antes de sua execução.
Debra (Debby) Kent, de 17 anos na data dos fatos, na noite de 08 de novembro de 1975, seu pai estava se recuperando de um ataque cardíaco, como estava se sentindo bem programaram de ir assistir uma peça do colégio, Debby, sua mãe e seu pai iriam para a peça, seu irmão mais novo iria ficar no rinque de patinação.
No intervalo da peça ligou para seu irmão para avisar que a peça ia durar mais do que o previsto, dessa forma a mesma se ofereceu para buscar seu irmão, enquanto seus pais ficariam na escola.
Por volta das 22h30 ela foi até o estacionamento, várias pessoas que moravam perto da escola informaram ter ouvido 2 gritos curtos e aterrorizados entre 22h30 e 23h. Eles os descreveram como gritos de alguém em "terror mortal". Eles até saíram e olharam para a escuridão, na esperança de encontrar a fonte, não viram nada, seu irmão esperou no rinque enquanto a multidão diminuía na escola, deixando seus pais irritados esperando até meia-noite.
Quando perceberam que era o único carro que restava no estacionamento, eles imediatamente chamaram a polícia de Bountiful, que estava familiarizada com os recentes desaparecimentos em cidades próximas, atenderam o chamado de forma breve. Mais tarde, um pai disse à polícia que havia chegado atrasado à peça e viu um veículo fusca, VW, de cor clara saindo apressado da escola. Uma pequena chave de algema foi encontrada no estacionamento, o que depois ia ser verificado que cabia exatamente nas algemas que Carol DaRonch, uma garota que conseguiu fugir de Ted levou para a delegacia.
Seu corpo nunca foi encontrado a família enfrentou um Natal trágico e de coração partido, junto com as famílias de Melissa Smith e Laura Aime. Bundy confessou o assassinato dela antes de sua execução.
Nancy Baird, tinha 23 anos, trabalhava em um posto de gasolina em Layton, Utah, até por causa de sua própria ocupação a mesma estava sempre em contato com pessoas estranhas, o que facilitaria e muito a abordagem de alguém que estivesse com planos de encontrar uma vítima.
No dia 04 de julho de 1975, Bundy viu Nancy como uma fácil presa na sua caçada, sem dúvida, para ela era apenas mais um cliente, infelizmente o perigo estava a espreita, seu corpo nunca foi encontrado.
Sandra Jean Weaver, tinha 17 anos, na data do ocorrido, morava em Tooele, Utah, na data de 1º de julho de 1974, estava em Salt Lake City, onde foi vista pela última vez, seu corpo foi descoberto no mesmo dia de seu desaparecimento.
Ted mencionou o nome da garota durante as entrevistas no corredor da morte, não assumindo a culpa apenas mencionando o ocorrido, mas o caso ainda permanece sem solução, pois não conseguiram provas que pudessem comprovar o envolvimento de Bundy na morte da garota.
Susan (Sue) Curtis, uma jovem adolescente de 17 anos, na data de 27 de junho de 1975, a garota estava participando da Conferência de Jovens de Bountiful Orchard na Universidade Brigham Young em Provo, Utah, a conferência teria a duração de dois dias, por isso ela e todos os outros jovens ficariam em dormitórios no local.
Naquela noite, após um banquete formal em Wilkinson Student Center, ela saiu antes de suas amigas para voltar para seu dormitório e escovar os dentes, a distância era muito curta, autoridades não acreditam que Susan tenha conseguido chegar ao dormitório, porque quando verificaram a escova de dentes, ela estava seca.
Ela desapareceu no primeiro dia da conferência e nunca mais foi encontrada, nem seu corpo foi achado. Ted Bundy confessou o assassinato de Susan antes de sua execução. Ele afirmou que enterrou o corpo dela ao longo de uma rodovia perto de Price, Utah, mas uma busca no local não revelou nenhuma evidência.
Carol DaRonch, estava com 18 anos, trabalhava para a Mountain Bell Telephone Company, em 08 de novembro de 1974, por volta das 18h30 dirigiu até a um shopping center Murray, em Salk Lake City, Utah, entre compras e encontros com amigos, ela entrou na Waldens Books, onde foi abrodada por um homem bonito e bem vestido.
Ele se aproximou perguntando se ela havia estacionado perto da Sears e ela disse que sim, pediu então o número da placa dela e ela deu a ele. Ele então disse a ela que alguém havia tentado arrombar o carro dela e ela precisava dar uma olhada.
Jovem e confiante, Carol DaRonch nem se perguntou como ele a encontrou, por ter um ar autoritário a fez supor que ele era um segurança ou oficial. Ela o seguiu para fora do prédio, mas sentiu uma apreensão repentina enquanto eles se dirigiam para a noite chuvosa. Ela pediu-lhe alguma identidade e ele apenas riu, fazendo-a se sentir estúpida por se incomodar.
Ao chegar no carro, ela observou que não havia nada de errado, mas ele insistiu que deveriam ir até a delegacia para reconhecer o suspeito, ela inicialmente hesitou, mas por fim foi junto a ele, para os fundos de um prédio ao lado, onde ele disse que havia uma sub-estação, a porta estava aparentemente fechada, então ele comentou que o suspeito poderia ter sido levado para o quartel-general, e a convenceu de ir com ele em seu fusca, Volkswagen, onde ela por estar mais perto sentiu cheiro de álcool no hálito do suspeito policial
Ele pediu para que ela colocasse o cinto de segurança, a mesma se negou, estava planejando pular do carro em movimento, pois ele já havia dado partida, ela percebeu que o trajeto estava errado e que estava a levando para um local mais afastado da delegacia, percebendo que ela já estava entendendo o que estava ocorrendo, parou no acostamento tentando algemar ela.
Ela tentou se libertar, nisso ele errou e acabou colocando as duas algemas no mesmo pulso, entre essas lutas ele puxou uma pequena arma e a ameaçou, ela conseguiu abrir a porta e acabou caindo de costas em uma poça de lama, ficando encharcada, se levantou correndo, mas o mesmo já havia saído do carro e estava atrás dela com um pé de cabra, ela foi pega e jogada contra o carro, mas ela conseguiu de alguma forma se libertar e correu para a estrada, onde vinha, por sorte, um carro na direção contrária e o casal do veículo deu socorro a garota e levou para a delegacia.
Carol foi oficialmente declarada a primeira vítima que sobreviveu a um ataque, sem ter nenhuma sequela física, obviamente que com trauma psicológico o qual a mesma tratou e hoje leva sua vida da melhor maneira, inclusive a mesma participou do julgamento de seu agressor.
Debbie Smith, tinha 17 anos quando desapareceu em fevereiro de 1976, seu corpo foi encontrado no dia 1º de abril de 1976, no Aeroporto Internacional de Salt Lake City, sobre esse caso não existem detalhes, inclusive não se tem certeza se foi realmente Ted, pois não foi mencionado nenhuma prova que o culpasse.
ASSASSINATOS NO ESTADO DO OREGON
Rita Lorraine Jolly, na data dos fatos estava com 17 anos, morava em West Linn no Condado de Clackamas, Oregon.
Na data de 29 de junho de 1973, por volta das 19h15 saiu para dar um passeio, e nunca mais voltou, foi vista pela última vez entre 20h30 e 21h daquele dia, subindo a colina na Sunset Avenue.
Rita pode ter sido vítima do assassino em série Ted Bundy, o desaparecimento de Rita permanece sem solução, pois seu corpo não foi encontrado e Bundy nunca foi acusado ou confessou seu assassinato.
Vicki Lynn Hollar, jovem de 24 anos, havia se mudado de Illinois para Eugene, Oregon, em junho anterior, depois que ela se formou na faculdade, na data de 20 de agosto de 1973. Hollar foi vista pela última vez entrando em seu carro, em um estacionamento, por volta das 17h, era horário de saída de seu trabalho de costureira em Bon Marche.
Naquela noite ela planejava se encontrar com uma amiga às 20h e ir a uma festa do bairro, mas nunca apareceu, e sua amiga deixou um bilhete e foi sem ela.
Vicki dividia sua moradia com outros cinco colegas de quarto, todas as suas roupas e pertences pessoais foram deixados para trás em sua residência, nunca pegou seu último pagamento, seu carro e a bolsa dela nunca foram localizados.
A família de Hollar afirmou que ela estava muito feliz com sua vida, gostou do novo emprego e não tinha motivos para fugir.
Ela teria sido vítima do assassino em série Ted Bundy, mas os detetives do Oregon não tiveram a oportunidade de perguntar a ele sobre o caso de Hollar. Ela se encaixa no perfil de suas outras vítimas e ele era conhecido por estar na área no momento de seu desaparecimento.
Roberta Kathleen Parks, também conhecida como Kathy, 20 anos, universitária estava fazendo especialização em religiões mundiais na OSU (Oregon State University), em Corvalles, estado de Oregon, EUA, como todas as demais seus cabelos eram longos, divididos ao meio.
Na semana de seu desaparecimento, Kathy havia terminado com seu namorado, no dia 04 de maio de 1974 havia tido uma discussão com seu pai, já no dia 06 de maio de 1974 sua irmã liga de Spokane, Califórnia, EUA, onde a família morava, informando que o pai delas havia sofrido um infarto, mas que iria recuperar-se.
Kathy sentindo-se culpada pelo que aconteceu a seu pai, acabou aceitando um convite de amigos para ir até outro dormitório para tomar café, tentar espairecer, mas nunca chegou até os amigos, seu crânio foi a única parte de seu corpo que foi encontrado no cemitério de crânios de Bundy, Ted confessou seu assassinato.
ASSASSINATOS NO ESTADO DO IDAHO
Lynette Culver, uma pré-adolescente de 13 anos, foi vista pela última vez na escola em maio de 1975, testemunhas mencionam que ela deixou o colégio no horário do almoço e entrando em um ônibus, foi considerado um desaparecimento involuntário considerando o convívio com a família, escola e amigos.
Ted Bundy confessou que a matou e jogou seu corpo no rio Snake, mas seus restos mortais nunca foram encontrados. Bundy afirmou que estuprou e afogou Culver em um quarto de hotel após sequestrá-la. Ele forneceu alguns detalhes convincentes, mas as autoridades não aceitaram totalmente seu relato.
O desaparecimento dela também é teorizado que o caso dela pode estar relacionado a uma série de assassinatos na área, sendo Jane Doe do condado de Oneida a única vítima não identificada.
Os assassinatos ocorreram no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Bundy foi eliminado como suspeito desses outros assassinatos, porém o caso de Lynette continua sem solução.
ASSASSINATOS NO ESTADO DO VERMONT
Rita Pratícia Curran, uma jovem de 24 anos, morava em Burlington, Vermont, trabalhava como professora de séries iniciais e trabalhava como camareira em um hotel durante os verões, trabalhava principalmente com criança carentes e deficientes, o hotel que ela trabalhava era ao lado da casa para mãe solteiras, onde a mãe de Ted deu a luz a ele. Na data de 19 de julho de 1971, ela que agora morava com uma amiga, ficou sozinha, pois sua colega de quarto e um amigo sairam para um passeio por volta das 23h30, quando voltaram, conversaram um pouco, presumindo que Rita estava dormindo no quarto.
Por volta da 01h da manhã, quando a colega de quarto entrou no quarto, ela encontrou o corpo nu e espancado da professora. Como muitas das vítimas posteriores de Bundy, Rita Curran foi espancada, estrangulada e estuprada.
De acordo com o médico legista chefe, ela foi brutalmente espancada na cabeça e no rosto por punhos, embora sua causa de morte tenha sido estrangulamento manual.
A bolsa de Curran, contendo dinheiro e outros pertences, estava intacta, descartando o roubo como motivo. Não havia sinais de entrada forçada no apartamento, mas manchas de sangue indicavam que o assassino saiu pela cozinha e saiu pela porta dos fundos.
O envolvimento de Ted Bundy no assassinato de Curran foi inicialmente suspeito pelo agente aposentado do FBI John Bassett e relatado por Ann Rule, onde ela especulou que ele havia visitado a casa de Lund no verão de 1971, também afirmou que registros municipais mostraram que uma pessoa chamada “Bundy” foi mordida por um cachorro na semana do assassinato.
ASSASSINATOS NO ESTADO DA FLÓRIDA
Lisa Levy, estava com 20 anos, no dia 14 de janeiro de 1978, após um dia todo trabalhando foi a uma discoteca popular do campus o qual ela frequentava, junto com uma colega de irmandade por volta das 22h.
Ficou apenas meia hora, porque estava cansada de trabalhar o dia todo e foi para a irmandade dormir. Sua companheira de quarto tinha ido passar o final de semana fora, então ela estava no dormitório sozinha na FSU (Florida State University), Tallahassee, Florida.
Aparentemente, Levy não havia despertado para toda a histeria que vinha dos demais quartos, onde Karen e Kathy foram encontradas.
Um oficial ao verificarem os demais quartos, a encontrou sem pulso e começou a RCP e massagem cardiopulmonar. Ela morreu antes de chegar ao hospital. Seu mamilo direito foi quase arrancado, sua clavícula esquerda foi quebrada e ela foi estrangulada. Um frasco de spray de cabelo Clairol havia sido enfiado em sua vagina, e havia uma mordida em seu glúteo, mordida essa que foi utilizada no processo de julgamento, o que encaixou exatamente com a arcada dentária de Ted Bundy.
Margaret Bowman, 21 anos de idade, vinda de uma família importante de São Petersburgo, e estava no momento estudando e morando em em Chi Omega irmandade da FSU (Florida State University), Tallahassee, Florida.
Ela havia tido um encontro às cegas às 21h30, do dia 14 de janeiro de 1978, voltou para casa e ficou esperando na sala, ansiosa para conversar com as amigas sobre o encontro, conversou com Melanie Nelson sobre isso no dormitório, após isso Margaret foi para a cama por volta das 02h30.
A mesma foi encontrada deitada de bruços na cama, seu crânio despedaçado enquanto ela dormia. Uma meia de nylon foi puxada com tanta força em volta do pescoço que quase quebrou.
Karen Chandler, estava com 21 anos, a mesma estudava e morava em Chi Omega irmandade da FSU (Florida State University), Tallahassee, Florida. Na data de 14 de janeiro de 1978, Karen foi para casa e preparou o jantar, depois voltou antes da meia-noite para trabalhar em um projeto de costura.
Ela foi para a cama um pouco depois disso, e em algum momento após se deitar, fatos um tanto quanto perturbadores ocorreram na fraternidade naquela noite.
Uma garota viu Bundy correndo do prédio, enquanto outra ouviu estranhos sons de pancadas, as mesmas buscaram alertar a dona da casa, Karen com sangue correndo pelo rosto, desorientada, saiu para o corredor em busca de socorro. Ela sofreu pancadas que quebraram seus dentes, fraturas na mandíbula e crânio, diversos cortes e um dedo esmagado.
Karen foi uma vítima que conseguiu sobreviver e depôs no julgamento contra Ted Bundy.
Kathy Kleiner, com 20 anos, estudava e morava em Chi Omega irmandade da FSU (Florida State University), Tallahassee, Florida, na data de 14 de janeiro de 1978, ela havia saído com seu namorado para um casamento e após jantou com amigos, era colega de quarto de Karen Chandler, ela já estava na cama quando Karen foi se deitar. Naquela noite um cenário de puro terror se instalava pelos corredores e quartos da irmandade. Após a aparência horrível de Karen cambaleando pelos corredores, a governanta correu para o quarto para encontrar Kathy sentada na cama, segurando a cabeça entre as mãos enquanto o sangue jorrava de suas feridas.
Ela tinha lacerações e feridas no rosto, dentes quebrados, mandíbula quebrada em 3 lugares e lesão cervical no pescoço. Ela ligou para seu namorado e pastor. Ela não tinha nenhuma memória do ataque porque já estava adormecida.
Kathy também foi uma sobrevivente do ataque de Ted, ela também depôs no julgamento de Bundy.
Cheryl Thomas, estudante de dança, morava em Tallahassee, Flórida, próxima a irmandade das garotas que foram atacadas na FSU (Florida State University), no dia 14 de janeiro de 1978, saiu para tomar chá na casa de seu namorado, ela voltou para casa por volta de 1h30.
Ela ligou a TV, teve a impressão de ter visto algo pela janela, mas nada que a preocupasse, ainda mais que seus amigos que morava na casa ao lado haviam mexido com ela quando estavam chegando em casa a poucos minutos antes, fez algo para comer e alimentou seu gatinho, apagou a luz da cozinha, esperou que o gatinho a seguisse e foi para a cama. Mais tarde, ela acordou com um som, acreditou que era o gatinho no parapeito da janela da cozinha e voltou a dormir.
Sua vizinha, Debbie, acordou por volta das 04h da manhã com um estranho som de marteladas. Ela dormia em um colchão no chão e sentia toda a casa vibrar com as batidas. Ela sacudiu sua colega de quarto para acordar e prestaram atenção aos ruídos até que houve um silêncio.
Então eles ouviram Cheryl gemendo e choramingando, Debbie se esgueirou até o telefone e ligou baixinho para o namorado e perguntou o que deveriam fazer, ele disse que provavelmente não era nada.
Mas como as meninas passaram por um treinamento de verificação de segurança, todos sempre deveriam atender ao telefone, não importa o que acontecesse, não importa a hora. Se não o fizessem, então algo estava errado. Eles ligaram para o quarto de Cheryl até que tocou 5 vezes, e não houve nenhuma resposta, então a colega de quarto de Debbie disse que era para chamar a polícia imediatamente.
Ao entrarem em contato com a polícia, ouviram um grande estrondo vindo do apartamento de Cheryl, e ficaram chocadas ao ver uma dúzia de carros de polícia em sua casa 4 minutos após a ligação, elas não tinham ideia do que tinha acontecido em Chi Omega.
Cheryl foi encontrada deitada na diagonal em sua cama, quase inconsciente, choramingando e se contorcendo de dor. Seu rosto estava ficando roxo de hematomas, estava inchado e ela tinha vários ferimentos graves na cabeça. Ela sofreu os piores ferimentos naquela noite. Seu crânio foi fraturado em 5 lugares, causando perda permanente de audição em seu ouvido esquerdo. Seu ombro esquerdo estava deslocado, sua mandíbula quebrada e seu oitavo nervo craniano estava tão danificado que ela nunca teria um equilíbrio novamente.
Ela ficou internada por um mês. Foi mais uma vítima que sobreviveu ataque de Ted Bundy, e foi uma das ou pode ser que a que mais teve sequelas físicas do ataque.
Kimberly Leach, uma criança de 12 anos, morava em Lake City, Flórida, no dia 09 de fevereiro de 1978, ela havia sido eleita como candidata pelos outros alunos para Rainha dos Namorados do colégio.
Naquele dia ela tinha aula de Educação Física, e havia esquecido sua bolsa na sala de aula, assim a professora autorizou que a menina fosse buscar, uma colega a acompanhou, elas partiram de um prédio para outro, assim as garotas após pegar a bolsa de Kim saíram novamente do prédio, porém sua colega lembrou de outra coisa e voltou buscar.
Kimberly ficou a frente do prédio esperando a colega voltar, essa colega viu quando um homem saiu com Kim, outras pessoas viram a cena e comentaram que parecia a cena de um homem zangado que fora buscar sua filha travessa, tanto que a mesma estava chorando, nada parecia estar estranho.
Mais tarde a escola ligou para a casa da garota para verificar o porque da garota não ter comparecido ao restante das aulas, nesse momento todos observaram que algo estava errado, pois a mesma nunca havia faltado aula por vontade própria.
Naquela data ela não voltou para casa, inicialmente as autoridades consideraram a típica teoria de uma pré-adolescente que teria fugido de casa, porém todos que conheciam a menina diziam que era muito responsável e estava muito feliz em ser nomeada candidatada a rainha, ela não tinha nenhum problema conhecido que pudesse justificar a vontade de fugir de casa.
Após 8 semanas de buscas, no dia 07 de abril de 1978, o corpo da garota foi encontrado em um chiqueiro em Suwannee State Park, Flórida. Havia evidências de agressão sexual, mas nenhum traumatismo craniano. Parecia que ela havia sido estrangulada, mas a decomposição tornava difícil determinar a causa da morte.
Kim foi a última vítima conhecida de Ted Bundy.
JULGAMENTOS E PRISÕES
Foram diversos crimes em um longo período, em diversos estados e cidades diferentes, inicialmente a polícia americana não tinham as delegacias interligadas com outras, então cada assassinato era considerado um assassinato isolado, cada caso era um caso com um assassino diferente, porém chegou em um momento que um detetive percebeu as semelhanças em cada ataque, um padrão de assassinato, então conversando com outros detetives e outras delegacias, perceberam que poderiam ser um mesmo assassino, e até então não existia um conceito de assassino em série.
A primeira vez que Ted foi levado a um tribunal, foi quando a patrulha de trânsito de Utah, viu um veículo Fusca (Volkswagen) castanho-claro, andando pela estrada vazia com as luzes apagadas. Este modelo de carro já estava a ser procurado pelas autoridades porque tinha sido identificado por Carol DaRonch, a primeira vítima que conseguiu fugir de um ataque.
A polícia pediu para Bundy encostar, mas ele tentou escapar, sem sucesso, a polícia revistou o carro, foram encontrados vários objetos suspeitos, como algemas, um picador de gelo, e uma máscara de ski, e mesmo o homem arranjando argumentos justificando os objetos, acabou por detido por desobediência.
A polícia verificou que Ted se enquadrava no perfil do homem que tinha raptado Carol, então a chamaram para o identificar, a jovem disse com todas as certezas que tinha sim sido ele.
No julgamento, em fevereiro de 1976, o suspeito foi considerado culpado por tentativa de rapto e agressão, foi preso, ficando sujeito a uma pena indeterminada de 1 a 15 anos.
Enquanto estava preso, foram reunidas provas suficientes para o acusar de um primeiro homicídio, o de Caryn Campbell, no estado de Colorado, o que podia levar à pena de morte. De Utah foi assim transferido para uma prisão no condado de Garfield, Colorado, passou os dias a preparar a própria defesa para apresentar em tribunal.
A primeira fuga foi pensada enquanto passava os dias na biblioteca estudando seu próprio caso para se defender, pois o mesmo não considerava os advogados aptos a defendê-lo, então verificando as medidas de altura do tribunal de Pitkin, em Aspen, Colorado, onde começou a ser julgado, começou a praticar exercícios de resistência na cela, como saltar incontáveis vezes da parte de cima do beliche e percorrer longas distâncias mesmo estando em um curto espaço.
Em junho de 1977, dia da audiência preliminar do homicídio de Caryn, ele conseguiu uma forma de ficar sozinho na biblioteca do edifício, tomou todo o cuidado ao abrir a janela, observou se havia circulação de policiais ao redor do prédio e aproveitou para saltar do segundo andar.
Como havia se preparado para isso, teve apenas uma pequena torção no tornozelo, correu em direção às montanhas de Aspen, abrigou-se em uma cabana com poucas condições que encontrou abandonada em meio a floresta.
Iniciou assim uma grande operação com centenas de agentes, cães de caça e o FBI para encontrar o fugitivo, apenas 6 dias depois, após ter passado dias frios e fome, deixou de oferecer resistência e voltou a Aspen, onde foi encontrado pelas autoridades com 11 kg a menos. Apesar de ter enfrentado maus momentos nesses dias fugido, as câmaras captaram um Ted sorridente, aproveitando o seu estrelato de crueldade.
A segunda fuga ocorreu em 30 de dezembro de 1977, Ted estava novamente preso a aguardar o julgamento pelo homicídio de Caryn, fez uma dieta para manter seu corpo esguio, arquitetou um novo plano medindo o quadrado de lajota do teto da cela.
Na noite dessa data um guarda levou o jantar para ele, no dia seguinte, a comida permanecia no tabuleiro, na cama estava uma pilha de livros tapada com um cobertor, Bundy havia escapado novamente pelo buraco no teto da cela, rastejou até ao dormitório dos guardas, vestiu um dos uniformes e saiu pela porta da frente da prisão de Garfield.
Duas semanas depois da nova fuga, entrou outra vez em ação, conseguiu chegar até a cidade de Tallahasee, entrou uma irmandade de estudantes mulheres, a república Chi Omega, e assassinou duas mulheres, Lisa Levy e Margaret Bowman. Agrediu ainda as colegas de casa das vítimas Karen Chandler e Katy Kleiner, e uma vizinha de bairro, Cheryl Thomas que conseguiram sobreviver, mas não o conseguiram ver de forma a identificá-lo, além do assassinato da pequena Kim que foi sequestrada na escola que estudava.
Dessa vez ficou 46 dias à solta, foi detido pelas autoridades na zona de Pensacola após uma perseguição numa operação STOP. Tinha roubado um carro e 21 cartões de crédito. Bundy estava irreconhecível, e em tribunal apresentou uma identificação falsa que dizia chamar-se Kenneth Misner.
Bundy tornou-se o principal suspeito das mortes das jovens estudantes na Florida, foi julgado em Tallahasee e só permitiu ser detido pelas autoridades e se identificar quando pode telefonar à namorada, Elizabeth Kloepfer.
Depois, pela grandeza dos crimes cometidos, o julgamento de Ted passou para Miami, em junho de 1979. Estavam presentes jornalistas de todos os estados do EUA, e foi exatamente nessa época que as autoridades dos outros estados norte-americanos onde havia mortes do mesmo gênero tiveram suas suspeitas confirmadas de que Ted Bundy, era um assassino serial, mas só existiam provas concretas contra ele no caso em Chi Omega.
Cada vez que ia a tribunal, Ted entrava em conflito com os advogados, dizendo que eram ineficazes, pediu a substituição dos advogados, pedido que foi recusado, mas permitiu que ele mesmo fosse coadvogado do seu próprio caso, e pudesse representar-se da mesma forma que havia feito anteriormente.
Além das provas do carro e dos cartões de crédito que ele havia roubado, Bundy criou uma assinatura nos seus últimos assassinatos, deixava marcas de mordidas nos corpos das estudantes após estarem mortas.
As autoridades em cima disso emitiram um pedido para analisar a forma dos dentes de Ted, o mesmo se negava a dar a amostra por espontânea vontade, mas por ordem do juíz, um perito odontólogo, com ajuda de agentes penitenciários, conseguiram uma amostra, que correspondia completamente com a mordida encontrada em corpos das jovens, foi a primeira vez que usaram desse tipo de provas, e essa foi por fim a prova decisiva para a acusação e posteriormente condenação.
No dia 24 de julho de 1979, um júri de 12 pessoas, analisou o caso durante aproximadamente 07 horas, provas, declarações de acusação e de defesa, Theodore Bundy foi considerado finalmente culpado pelos homicídios de Margaret Bowman e Lisa Levy, e de outras três tentativas de homicídio, em todas elas Ted foi condenado à pena de morte em cadeira elétrica, ficando então na prisão Estadual da Florida até ao dia da execução.
Mas os homicídios após sua segunda fuga, não ficaram exclusivamente apenas ao redor da irmandade da faculdade que ele invadiu, já estava a 40 dias foragido quando a pequena Kim desapareceu, depois de já ter sido condenado à pena de morte pelos outros homicídio, Ted foi julgado por este homicídio também, aumentando ainda mais sua condenação.
As provas foram baseadas em testemunho de pessoas que estavam por perto da escola e viram um homem em uma van branca na qual Kim entrou, mais tarde ao encontrarem a van, foram encontradas fibras da roupa que Kim estava usando e também fibras do blazer de Bundy.
Em todos os seus julgamentos, centenas de mulheres iam até os tribunais somente para ver Ted, pois a atração pela beleza e charme dele eram muito maiores do que o medo de estar sob a presença de um serial killer, além daquelas que iam até lá tentar chamar a atenção dele, pois viam ele como uma estrela da TV e também tinham a estranha ideia de que se ele se interessasse por elas, significava que elas eram bonitas e atraentes, justamente por ele ter ganho a fama de matar mulheres bonitas, mais ou menos o pensamento de que se ele se interessasse por elas, mesmo sabendo que elas provavelmente acabariam mortas, significava muito mais para o ego delas, do que a probabilidade de perderem a vida, uma forma distorcida de aumentar a própria autoestima.
Desde o último contato com a sua namorada Elizabeth Kloepfer, que até aquele momento não acreditava que seu namorado era aquele monstro, depois daquele telefonema ela então finalmente compreendeu que ele vivia uma vida dupla, e por fim resolveu dar fim naquele relacionamento e não teve mais nenhum contato com ele, nem ela, nem a filha.
Assim uma antiga amiga de Ted, retorna a vida dele, dando apoio a ele, e tentando ajudar a encontrar uma forma de "provar" a sua inocência nos crimes. Essa amiga era Carole Ann Boone, ela moveu mundos e fundos por ele, tanto que acabou se mudando para a cidade em que Bundy estava preso, para ficar próxima a ele, dava entrevistas em sua defesa, sempre tentando passar a todos a imagem de um homem inofensivo, e ganhando a simpatia de diversas pessoas, mesmo com todas as provas apontando a ele, e pelo nível de crueldade, toda a família e os poucos amigos próximos, tinham o mesmo sentimento de negação, pois ele era com todos uma pessoa atenciosa, educada e respeitosa.
Carole Ann Boone se destacou dos demais no julgamento do caso de Kim, onde ela testemunhou a favor dele, descrevendo ele, como todos o descreviam, sendo uma pessoa ”amável, afável e paciente”.
Nessa época ela já havia se tornado namorada de Ted, mesmo ele estando preso, e durante seu testemunho, foi pedida em casamento em pleno Tribunal. Como Bundy estava fazendo sua própria defesa, no momento de fazer seus questionamentos a testemunha, entre outras perguntas, Ted encerrou seu questionamento com o pedido ”Carol, queres casar comigo?”, e a mesma aceitou sem hesitar.
Em 1979 amparado pelas leis americanas, por estar na presença de autoridades, seu casamento foi considerado oficial, dessa forma não foi apenas um pedido em noivado, mas sim o casamento propriamente dito.
Bundy agora casado voltou para a prisão à espera que a pena de morte fosse cumprida. Carole o visitava com frequência, levava drogas e a base de propina conseguia momentos a sós com o marido, o que em 1981 resultou no nascimento da primeira e única filha de Ted, a pequena Rose Bundy, as visitas ao marido continuou e levava sua filha junto, para visitar o pai no corredor da morte, o casamento durou até 1986, quando Carole decidiu pedir seu divórcio, após isso ela e a filha se mudaram para um lugar distante, mudaram seus nomes e permanecem no anonimato desde então para segurança de ambas.
Durante sua estadia no corredor da morte, inicialmente ele não confessou nenhum de seus atos, e talvez em uma tentativa de adiar sua execução, Ted então decide que iria contar toda sua história, porém queria falar com um jornalista, mas que fosse um jovem iniciante.
Assim conseguiu contar sua história usando o método de falar em 3ª pessoa, confessou e contou todos os detalhes de mais de trinta assassinatos, em sete estados diferentes do país, porém as autoridades, acreditam que este número possa passar dos três dígitos, pois como na época as delegacias não tinham compartilhamento de dados, muitos outros casos de desaparecimento podem ter ocorrido e não terem suspeitado do assassino que estava em outros locais.
Admitiu que abordava as garotas pedindo auxilio para algo, as atingia na região da nuca, espancava o crânio das garotas, degolava, estrangulava, sodomizava, mordia, os corpos a maior parte não se sabe o que ele fazia exatamente, mas os crânios "descartava" em uma montanha, que ficou conhecida posteriormente, como o cemitério de cabeças de Ted Bundy, ele admitiu também que praticava necrofilia, tinha excitação sexual ao olhar ou ter contato com cadáveres.
Na manhã do dia 24 de janeiro de 1989, quando Bundy tinha 42 anos, morreu na cadeira elétrica da prisão estadual da Florida, cadeira esta que ironicamente foi acionada por uma jovem mulher. Do lado de fora, uma multidão de jornalistas, estudantes e outras pessoas que estavam esperando pelo resultado, estavam a cantar de alegria pela sua morte e a gritar "Queime, Bundy, queime".
Bundy sentia prazer na morte, ele mesmo admitiu isso, e por mais que tenham tentado encontrar, não obtiveram provas reais, consistentes que comprovassem que ele foi o culpado realmente, todas as provas apresentadas eram duvidosas e contestáveis.
Ele acreditava que não o viam como uma pessoa nem perto do normal, que não o compreendiam e ficou completamente surpreso com o resultado, pois ele tinha em si a completa certeza de que sairia absolvido.
A família acreditou até o fim que Bundy era inocente, sua mãe fez uma declaração para jornalistas, com uma enorme indignação, principalmente pelo júri ter dado o resultado em tão poucas horas.
A mesma deu uma declaração emocionante no tribunal onde baseou-se principalmente na religião cristã, no julgamento de Deus, falou também que Bundy tinha a oferecer muito para muitas pessoas estando vivo.
Com tudo o que foi apresentado o júri que estava naquele tribunal, considerou as mortes hediondas, abominaveis, cruéis, extremamente perversas e surpreendentemente malignas, o condenando a pena de morte.
Apesar de tudo, o juíz em um ato de bondade final com o condenado, proferiu um breve discurso onde falou: "Cuide-se jovem, e eu estou sendo sincero, se cuide, é uma tragédia ver tamanho desperdício, eu acho, da humanidade que já presenciei neste tribunal. Você é um jovem brilhante. Seria um bom advoagdo. E eu adoraria vê-lo atuar na minha frente, mas você seguiu outro caminho. Se cuide. Não tenho nada contra você, quero que saiba disso." - Juíz Edward Cowart.
Referências:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-47220321
Documentário Netflix: Conversando com um serial killer: Ted Bundy.
Filme Netflix: Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (2019).
Filme: Ted Bundy (2002), escrito por Stephen Johnston e Matthew Bright.
Filme: Bundy: The Deliberate Stranger, foi escrito pelo repórter Richard W. Larsen (1986).
Livro: Ted Bundy: um estranho ao meu lado, da autora Ann Rule.
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